ANÁPOLIS

Julgamento de motorista acusado de atropelar e matar jovem em Anápolis é adiado, causando frustração aos familiares

O julgamento do motorista suspeito de atropelar e matar o jovem anapolino Matheus Machado Reis, marcado para a última terça-feira (05), acabou sendo adiado pela Justiça, deixando os familiares em meio a um prolongado drama. Após quase quatro anos aguardando por uma resolução do caso, Glaucia Machado, mãe da vítima, expressou sua frustração, juntamente com outras mulheres que também perderam filhos em acidentes de trânsito, em um protesto silencioso realizado em frente ao fórum da cidade.

“Estava tudo certo, desde o ano passado, e a gente vinha alimentando as esperanças para esse dia. Mas aí, umas três semanas atrás, fiquei sabendo que o julgamento tinha sido adiado. Parece que quem devia estar do lado da vítima, não tá nem aí”, desabafou Glaucia em entrevista ao site Portal 6.

Segundo ela, a justificativa para o adiamento foi relacionada à “organização de pauta” pelo poder público. No entanto, até o momento, nenhuma outra data foi definida para a sessão.

“Me falaram que pode ser que em maio volte, se não, só no segundo semestre. Eu sinto uma raiva, uma impotência tão grande. O homem que assassinou o meu filho tá vivendo como se nada tivesse acontecido. Me sinto abandonada pela Justiça”, lamentou Glaucia, emocionada.

Apesar da dor e da incerteza, Glaucia mantém a esperança de que um dia, mesmo que demore, poderá encontrar algum tipo de conforto e justiça para as feridas deixadas pela perda do filho.

“Eu não estou bem. É tanta luta, há tanto tempo lutando, que acabou que não sobrou tempo para o luto. Não consegui me despedir ainda. Mas tenho fé de que, no final, vou conseguir”, afirmou.

O jovem Matheus Machado Reis, de apenas 19 anos, foi morto em 11 de setembro de 2020, quando voltava para casa de moto após o trabalho. Ele foi atropelado por um idoso que fugiu do local sem prestar socorro. Após mais de uma hora de espera, Matheus foi resgatado, mas não resistiu aos ferimentos.

A dor da perda e a busca por justiça continuam a assombrar Glaucia e outras famílias que enfrentam situações semelhantes, enquanto aguardam por um desfecho que traga alguma paz e consolo.

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